A Pinacoteca do Ceará – museu que integra a Rede de Equipamentos e Espaços Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT CE), gerido em parceria pelo Instituto Mirante – recebe a curadora Clarissa Diniz na próxima sexta-feira (15). A também pesquisadora e crítica de arte pernambucana ministra a aula aberta “Ética, violência e curadoria: (des)cuidados da prática curatorial”, a partir das 17h30. O evento ocorrerá no auditório, com acesso gratuito, e será acessível em Libras.
De acordo com a curadora, a fala vai trazer reflexões em torno de encruzilhadas éticas da prática curatorial suscitadas pela exposição “Todo mundo é, exceto quem não é – 13ª Bienal Naifs do Brasil” (2016), cuja curadoria foi assinada por ela, Claudinei da Silva e Sandra Leibovici. Realizada no Sesc Piracicaba, a mostra reuniu 126 obras de 86 artistas de todas as regiões do País e lançou um novo olhar para a arte brasileira, colocando em diálogo artistas naïf e nomes consolidados do campo das artes visuais.
Em “Ética, violência e curadoria: (des)cuidados da prática curatorial”, o tema será debatido, em especial, a partir do encontro entre a artista indígena Carmézia Emiliano e o soteropolitano Jayme Fygura no contexto da mostra.
Entre diversos livros publicados e curadorias realizadas, Clarissa Diniz pesquisa a arte contemporânea questionando e expandindo noções de crítica, curadoria, circulação e arte brasileira. A questão social é tema presente em suas produções.
A curadora, pesquisadora e crítica de arte tem passagem por importantes instituições brasileiras, como o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), em Recife (PE); Itaú Cultural, em São Paulo (SP); Museu de Arte do Rio (MAR) e Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro (RJ). Uma de suas curadorias mais recentes foi na exposição “À Nordeste”, em parceria com o cearense Bitu Cassundé e Marcelo Campos.
Saiba mais
Clarissa Diniz (1985) nasceu em Recife e, atualmente, reside no Rio de Janeiro. Curadora, pesquisadora, crítica de arte. Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 2006 e 2015, foi editora da Tatuí, revista de crítica de arte.
Publicou diversos livros e realizou inúmeras curadorias, dentre as quais destacam-se “Contrapensamento selvagem” (cocuradoria com Cayo Honorato, Orlando Maneschy e Paulo Herkenhoff. Instituto Itaú Cultural, SP), “Zona tórrida – certa pintura do Nordeste” (cocuradoria com Paulo Herkenhoff. Santander Cultural, Recife), “Ambiguações” (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2013), “Pernambuco Experimental” (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, 2013), “Do Valongo à Favela: imaginário e periferia” (cocuradoria com Rafael Cardoso, Museu de Arte do Rio – MAR, 2014), “Todo mundo é, exceto quem não é” – 13ª Bienal Naifs do Brasil (SESC Piracicaba, 2016 e Sesc Belenzinho, 2017), “Dja Guata Porã – Rio de Janeiro Indígena” (cocuradoria com Sandra Benites, Pablo Lafuente e José Ribamar Bessa. MAR, 2017) e “À Nordeste” (cocuradoria com Bitu Cassundé e Marcelo Campos. Sesc 24 de Maio, São Paulo, 2019).
SOBRE A PINACOTECA
Inaugurada em dezembro de 2022, a Pinacoteca do Ceará tem a missão de salvaguardar, preservar, pesquisar e difundir a coleção de arte do Governo do Estado, sendo espaço de ações formativas com artistas, comunidade escolar, famílias, movimentos sociais, organizações não-governamentais e demais profissionais do campo das artes e da cultura. Trata-se de um espaço de experimentação, pesquisa e reflexão para promover o diálogo entre arte e educação a partir de práticas artísticas.
SERVIÇO
O que: Aula aberta “Ética, violência e curadoria: (des)cuidados da prática curatorial”, com Clarissa Diniz
Quando: Sexta-feira, 15 de setembro, às 17h30
Onde: Auditório da Pinacoteca do Ceará (Rua 24 de maio, s/n, Centro)
Acesso gratuito
Com acessibilidade em Libras