Ministério da Cultura convida artistas com deficiência para se cadastrarem no Mapeamento Acessa Mais

Foto: Thiago Matine

O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) e a Universidade da Bahia (UFBA) convidam artistas e agentes culturais com deficiência e profissionais que atuam na área da acessibilidade cultural, com e sem deficiência, em todo o Brasil, para realizarem o cadastro no Mapeamento Acessa Mais. O processo é simples, rápido e, principalmente, acessível, e pode ser feito via o preenchimento de um formulário no site www.mapeamentoacessamais.com.br.

O Instituto Mirante é parceiro na divulgação do projeto por entender a acessibilidade como uma das políticas transversais e estruturantes na atuação do instituto.

O projeto deseja conhecer artistas com deficiência que atuem com artes visuais, audiovisual, circo, cultura popular, dança, literatura, música, performance e teatro ou que produzem artesanato; Agentes culturais com deficiência, ou seja, pessoas que trabalham com produção, curadoria, gestão e nas áreas técnicas como iluminação, cenografia, trilha sonora, figurino, operação de som e luz, montagem cênica, montagem e edição audiovisual, editoração de livros, entre outros. Profissionais com e sem deficiência que trabalham com acessibilidade cultural, ou seja, pessoas que trabalham com audiodescrição, tradução de Libras, legendagem, consultoria em acessibilidade, entre outros.

Importante! O cadastro está ativo desde o dia 13 de setembro e segue até 21 de dezembro e já conta com mais de 1.400 cadastros finalizados.

Um dos principais objetivos do Mapeamento Acessa Mais, além de identificar profissionais com deficiência, é colaborar para elaboração de futuras políticas públicas direcionadas a artistas e agentes culturais com deficiência, bem como aos profissionais da área da acessibilidade cultural. Saber quem são, onde estão e o que fazem estes profissionais pode contribuir para a elaboração e efetivação de políticas públicas mais efetivas e com um maior impacto social. Por isso, o preenchimento do formulário é muito importante!

Destacamos que:
-O mapeamento será realizado, exclusivamente, através de formulário online. Para participar, leia com atenção o termo de participação. Se concordar, clique em “sim” quando perguntar se está ciente do termo e comece o seu cadastro.

-O Mapeamento Acessa Mais é voltado, exclusivamente, para as pessoas artistas ou agentes culturais com deficiência e profissionais com e sem deficiência que trabalham com acessibilidade cultural. No formulário, no entanto, a pessoa pode informar se trabalha em grupo ou coletivo.

-As respostas serão coletadas e anonimizadas, isso quer dizer que criaremos números e estatísticas com todas as respostas de forma que nenhuma pessoa seja identificada. Estes números e estatísticas se tornarão um relatório que será divulgado virtualmente.

-O resultado da pesquisa será disponibilizado em uma publicação do relatório final, disponível à consulta pública em sites do MinC e da UFBA, no primeiro semestre de 2025.

A coordenação geral do projeto está sendo conduzida pelo artista, professor, ativista, pesquisador e doutor pela UFBA, Eduardo Oliveira, o Edu O., e conta com uma equipe de pesquisadoras e pesquisadores convidades DEFs – Amanda Lyra (Sul), Ananda Guimarães (Norte), Estela Lapponi (Sudeste), Fabio Passos (Nordeste), Natalia Rocha (Nordeste) e Renata Rezende (Centro-Oeste), além de mais 20 pessoas especializadas na área com e sem deficiência.

O projeto Mapeamento Acessa Mais em parceria com a UFBA é um passo estratégico que está sendo trilhado, pois reúne uma ação de mapeamento de artistas e profissionais com deficiência que atuam no país, bem como a criação e fortalecimento de uma rede de pesquisadores, docentes, artistas e agentes culturais, além de ser também um ambiente de educação com os ciclos de formação em acessibilidade cultural e cultura do acesso. Os resultados, conteúdos e produtos deste projeto serão vitais para subsidiar a construção de uma política estruturante de acessibilidade cultural do Sistema MinC.

Importante frisar que a acessibilidade cultural abrange não somente a participação da pessoa com deficiência na condição de usuária, mas também como fazedora de cultura e, portanto, garantindo os seus direitos culturais em sua plenitude, considerando todas as formas de atuação. Ainda mais, será um importante passo para o reconhecimento e valorização da Cultura DEF que considera os diferentes modos de ser, estar e vivenciar o mundo, específicos das pessoas com deficiência. A cultura DEF faz parte da diversidade da cultura brasileira e seu reconhecimento ajudará no combate ao capacitismo e a quebrar os estigmas e estereótipos enraizados e proporcionar uma convivência mais saudável.

Saiba mais: o Mapeamento Acessa Mais conta com uma equipe de monitores disponível, em caso de dúvidas ou da necessidade de apoio no preenchimento do formulário.
Basta entrar em contato no e-mail [email protected].
Serviço:
Cadastro no Mapeamento Acessa Mais: https://www.mapeamentoacessamais.com.br/.