Museu da Imagem e do Som realiza fórum internacional sobre o papel da arte na construção de futuros possíveis para a sociedade

O Fórum do Futuro acontece nos dias 26 e 27 de março e reúne artistas e pesquisadores do Brasil, Portugal e Argentina; o evento que marca os três anos de reabertura do Museu é gratuito

O Museu da Imagem e do Som do Ceará promove nos dias 26 e 27 de março o Fórum do Futuro, evento internacional que visa explorar o papel da arte na construção do amanhã e discutir os desafios da sociedade contemporânea. O Fórum reunirá pesquisadores, artistas e outras personalidades do Brasil, de Portugal e da Argentina, de acordo com os eixos a serem abordados em quatro mesas: Direitos Humanos, Música, Fotografia e Cinema. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet, por meio dos links disponibilizados. Cada mesa tem seu próprio formulário de inscrição. O encontro acontecerá na sala imersiva (andar -2 do Anexo). O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.

Fórum do Futuro

O Fórum do Futuro é um programa de reflexão e debate que reúne artistas e pensadores de diversas disciplinas e geografias culturais para explorar o papel da arte na construção do amanhã e discutir os desafios da sociedade contemporânea, além do futuro das democracias e liberdades. É um momento de pensar nas contribuições trazidas pela arte em suas diversas manifestações e pelo próprio Museu da Imagem do Som, que está completando três anos de reabertura neste 31 de março e alcança uma trajetória de 45 anos, na construção de futuros possíveis.

O diretor do MIS, Silas de Paula, destaca que está sendo celebrado um marco importante, os três anos da reabertura do MIS em uma trajetória de 45 anos dedicados à cultura e à memória. “O MIS é mais do que um museu, é um espaço vivo que conecta passado, presente e futuro. Para marcar essa data especial, convidamos todos a participarem da programação gratuita de aniversário, com destaque para o Fórum do Futuro, momento de reflexão e troca sobre os rumos da arte e da sociedade”, destaca o diretor do MIS.

Fortaleza, cidade pioneira na consciência política coletiva, destaca-se como um espaço luminoso e acolhedor, catalisador de debates sobre a condição humana em suas múltiplas expressões. O Fórum busca analisar o anseio humano por mudança — tanto individual quanto coletiva —, mesmo quando os caminhos para essas transformações permanecem incertos e complexos.

Partindo de um tema comum, com contribuições nos campos dos Direitos Humanos, Música, Fotografia e Cinema, o encontro apresenta um programa de entrada livre, aberto à participação da cidade, que inclui palestras, debates e diálogos com artistas.

Durante dois dias, o Fórum do Futuro transformará a cidade num local de encontro para autores e interlocutores com experiências e visões singulares, inscrevendo-a, simultaneamente, no mapa de reflexão e pensamento contemporâneo.

O Fórum do Futuro será realizado nos dias 26 e 27 de março de 2025, celebrando o encerramento da exposição “Vermelho Vivo: Amor & Revolução”, sob curadoria de Ângela Berlinde, que reuniu 115 criadores luso-afro-brasileiros, convidando à reflexão sensorial sobre os conceitos de Liberdade e Democracia, em um momento de urgência e futuro. O Fórum é destaque na programação comemorativa do aniversário do Museu da Imagem e do Som do Ceará, um espaço de educação não formal que estimula e desenvolve pesquisas e atividades científico-culturais, artísticas, educacionais e formativas para reconhecer e divulgar o patrimônio material e imaterial em combinação com o imaginário das comunidades cearenses.

Confira abaixo a programação.

Dia 26 de março (Quarta-feira)

8h30 – 9h | Credenciamento e Recepção
Recepção dos participantes com café da manhã.

9h – 10h | Cerimônia de Abertura
Abertura oficial com discursos de boas-vindas e apresentação sobre o propósito do Fórum.

Falas de Luisa Cela (Secretária da Cultura do Ceará), Tiago Santana (Diretor-presidente do Instituto Mirante), Silas de Paula (Diretor do Museu da Imagem e do Som do Ceará) e Ângela Berlinde (curadora da exposição Vermelho Vivo).

10h30 – 12h30 | Mesa 1: Direitos Humanos em Perspectiva: Desafios e Transformações
Esta mesa discutirá os desafios contemporâneos dos direitos humanos, abordando questões como a proteção das liberdades individuais, a luta contra as discriminações e as iniciativas globais e locais para garantir a igualdade de direitos. Especialistas e ativistas compartilharão suas perspectivas sobre como os direitos humanos podem ser promovidos na sociedade atual e quais são os obstáculos a serem superados.

Participantes:

Lúcia Alencar (CE), Orientadora da Célula de Relações Institucionais e Articulação Regional dos Direitos Humanos – Secretaria dos Direitos Humanos – SEDIH.
Leunam Gomes (CE), Comitê Wanda Sidou, Comissão Especial de Anistia da Secretaria dos Direitos Humanos do Estado do Ceará.
Renato Roseno (CE), Advogado e deputado estadual do PSOL.
Mediação: Cícera Barbosa (CE), Professora de história e pesquisadora de movimentos sociais e direitos humanos.

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13h – 14h30 | Intervalo
14h30 – 16h30 | Mesa 2: A Música como Forma de Protesto e Identidade
A música tem sido uma ferramenta poderosa na luta por direitos, liberdade e identidade. Nesta mesa, especialistas e artistas discutirão como a música serve como meio de resistência cultural e expressão política, conectando passado, presente e futuro. Serão abordados estilos musicais que transcendem fronteiras e conectam culturas, com especial atenção à música como forma de protesto e revolução.

Participantes:

Paula Guerra (Portugal), Socióloga e pesquisadora de culturas musicais e underground, com ênfase nas dinâmicas de resistência na música. Fundadora da Rede Todas as Artes: Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes e da KISMIF. Curadora musical de “Para Romper com o Silêncio”, no âmbito da exposição “Vermelho Vivo: Amor & Revolução”.

João Ernani Filho (CE), Graduado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC), doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (UFC), autor de “No calor da Guerra Fria: E. P. Thompson e a luta antinuclear”.

Frederico Oliveira Coelho (RJ), Pesquisador, ensaísta e professor de Literatura Brasileira da PUC-Rio. Participa como pesquisador associado do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (NELIM) da PUC-Rio.

Mediação: Uirá dos Reis (CE), Poeta, compositor, ator, cronista e cineasta esporádico.

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16h30 | Coffee Break – Encerramento do Dia

Dia 27 de março (Quinta-feira)
9h – 10h | Credenciamento e Recepção
Café da manhã

10h – 12h | Mesa 3: Imagens que Incendeiam: Arte, Memória e Resistência
Esta mesa discutirá o papel da arte como ferramenta de resistência e transformação, repensando como imagens e palavras forjam a memória coletiva e inflamam novas lutas. Em um momento de urgência global, que revoluções ainda precisamos imaginar?
Participantes:

Marcelo Brodsky (Argentina), Artista visual e ativista argentino, cujo trabalho conecta arquivos fotográficos à memória política e à justiça social. Exilado após o golpe de 1976, seu percurso é marcado pela luta pela memória e resistência.

Susana Lourenço Marques (Portugal), Curadora e editora independente. Professora Associada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Co-curadora da exposição de fotolivros “Chumbo, Papel & Cravos”.

Silas de Paula, Professor, fotógrafo, diretor do Museu da Imagem e do Som do Ceará.

Mediação: Ângela Berlinde (Portugal), Artista e investigadora, curadora da exposição “Vermelho vivo: Amor & Revolução”.

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12h – 13h | Intervalo

14h – 16h | Mesa 4: Cinema como Reflexão: Imagens e Movimentos para o Futuro
Esta mesa será dedicada ao poder do cinema como veículo de reflexão e mudança social. A conversa abordará como o cinema pode influenciar a percepção pública sobre questões urgentes, como direitos humanos, identidade e diáspora. Também serão discutidas as perspectivas cinematográficas de diferentes culturas e como elas se conectam com os tempos modernos.

Participantes:

Mônica Mourão, Jornalista e integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social desde 2010, realizando pesquisas e mobilização social pelo direito humano à comunicação, professora do Departamento de Comunicação da UFRN.
Beth Formaggini (RJ), Documentarista, diretora do filme “Uma Família Ilustre”.
Déo Cardoso (CE), Cineasta, diretor do filme “Cabeça de nêgo”.
Mediação: Manoela Ziggiatti (CE), Coordenadora do Lab Cena 15 (Porto Iracema das Artes), montadora, diretora de documentários.

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16h30 | Coffee Break – Encerramento do Dia

SAIBA MAIS SOBRE OS CONVIDADOS:

ÂNGELA BERLINDE

Ângela Ferreira (aka Berlinde, Porto, 1975 ) é artista, curadora e investigadora em Fotografia, com Pós Doutoramento em Artes e Poéticas Interdisciplinares pelo PPGAV da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Educação Artística, Comunicação Visual e Expressão Plástica pela Universidade do Minho em Portugal e tem o European Media Master em Fotografia, pela Utrecht School of Arts- Holanda. É Pós-Graduada em Direção Artística e Práticas Curatoriais e Licenciada em Direito pela Universidade do Minho, sua primeira formação académica. Foi responsável pelo posicionamento estratégico e assumiu a direção artística do GNRation em Braga, ponto de referência no Cluster Regional de Indústrias Criativas, no contexto da designação de Braga Capital Europeia da Juventude. Co-fundadora do Festival Internacional de Fotografia Encontros da Imagem, tendo colaborado como Diretora geral e artística. Atua como curadora independente em festivais e exposições, como a Bienal de Fotografia de Beijing, na China, o Korea International Photo Festival e o Goa Photo, na Índia. Publicou trabalhos autorais que se destacam por estudos sobre a fotopintura no Nordeste do Brasil e a cultura visual na Lusofonia. Integra a associação curatorial Oracle e o Conselho de Curadores do Museu da Fotografia de Fortaleza, no Brasil. Coordenou o Plano Estratégico para a fotografia na Escola Porto Iracema das (Programa de Fotopoéticas) e integra desde 2018 a equipe de Coordenação geral do Fotofestival SOLAR, no qual é consultora artística. É co-fundadora do Nervo Observatório dos Fotolivros em Portugal, uma plataforma dedicada à reflexão e pensamento crítico em torno das visualidades implícitas ao fotolivro.

BETH FORMAGGINI

Documentarista, produtora e pesquisadora audiovisual. Historiadora pela Universidade Federal Fluminense, fiz especialização em “Documentário e Pesquisa Audiovisual”, na Universidade de Roma. Diretora da 4Ventos que soma dezenas de trabalhos audiovisuais premiados em Festivais Nacionais e Internacionais. Curadora do Cine Armazém, lancei em 2023 a série Memória da Mídia no Cinebrasiltv. Em março de 2020 lancei a série Sopro no Canal Curta. Em 2019 lancei nos cinemas, Canal Brasil e em VOD o longa Pastor Cláudio, vencedor do Festival de Vitória. Em 2007 dirigi e produzi o longa Memória para Uso Diário, premiado pelo júri popular do Festival do Rio. Em 2015 realizei Xingu Cariri Caruaru Carioca, o melhor filme do 8º Festival In-Edit Brasil e lançado nos cinemas, TV e Streaming. O curta Uma Família Ilustre venceu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com prêmios em mais 15 festivais nacionais e internacionais. Em 2010 realizei Angeli 24 horas com 12 prêmios. Produzi e dirigi os médias Cidades Invisíveis, Nós Somos um Poema e Nobreza Popular. Em coprodução com o Canal Brasil produzi a Série.doc sobre vários cineastas com os quais colaborei como Eduardo Coutinho, sobre ele realizei o doc Apartamento 608.

Também fui produtora de Mário Carneiro (“Joaquim.doc” e Casimiro), Paulo Cezar Saraceni (“Garrincha Uccellino di Dio”, para a RAI), Vincent Carelli (série “Índios no Brasil), Sílvio Da-Rin (“Paralelo 10”), Geraldo Sarno (série “A Linguagem do Cinema”), Ricardo Miranda (“Paixão e Virtude”, “Djalioh” e “Etnografia da Amizade”). Fui coordenadora de Pesquisa dos filmes: Othelo de Lucas Rossi que será lançado em 2024, Grande prêmio de Melhor documentário do Festival do Rio (2023); Martírio de Vincent Carelli produção Vídeo nas Aldeias (2017), – Para a Conspiração Filmes realizei a pesquisa audiovisual para o longa Gonzaga de Pai pra Filho (2012) de Breno Silveira; O vendedor de passados (2011/12) e O Mistério do Samba (2007) de Lula Buarque, Para a Raccord Produções, Cartola (2006) longa de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda e para a Ravina Produções Os Desafinados (2005), longa de Walter Lima Jr. Também coordenei a pesquisa para a GGF das séries Getulio Vargas – Cinco dias que abalaram o Brasil 1999 de Mauro Lima, exibidos na GNT e Chatô, Rei do Brasil 1996. Fui da diretoria da ABD – Associação Brasileira de Documentaristas, conselheira da ABRACI – Associação Brasileira de Cineastas e da FUNDAR – Fundação Darcy Ribeiro. Hoje sou conselheira da PAVIC – Pesquisadores de Audiovisual, Iconografia e Conteúdo.

CÍCERA BARBOSA

Educadora Popular engajada nas questões raciais, de gênero e nos movimentos de memória, verdade e justiça. Professora de Historia da Rede Estadual do Ceará desde 2010; Especialista em Educação para relações Étnico-Raciais; Mestre em História Social UFC- Memória e Temporalidades, onde investiga a atuação do Movimento Negro Cearense entre 1980 e 2000; Pesquisadora e Membro do grupo Caldeirão- Confluências Contracoloniais; Membro da Rede Nacional de Historiadores Negros; Membro da Rede Nacional de Pesquisadores em Cultura Junina; Formadora dos avaliadores de festivais juninos desde 2012 pelo Ceará Junino (SECULT -CE);  Pesquisadora dos Ciclos de Festas Populares pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará; Pesquisadora do Dossiê de Registro Imaterial das Quadrilhas Juninas de Fortaleza (SECULTFOR); Presidente da Associação dos Amigos do Museu do Ceará; Preceptora do Programa Residencia Pegadógica História-UFC; Curadora Museológica da exposição Anas, Simoas e Dragões  – Lutas Negras pela Liberdade no Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura e curadora Museológica da Exposição Museu Para Quem? Instalada no Anexo do Museu do Ceará Bode Ioiô; Coordenadora da Pesquisadora Aquilombar-CE, pesquisa para exposição museológica do Memorial da Cultura Cearense – Instituto Dragão do Mar; Membro do Fórum de Professores de História de Fortaleza; Mediadora de Leitura; Declamadora de poemas e poeta das delicadezas cotidianas.

DÉO CARDOSO

Déo Cardoso é diretor e roteirista, formado pelo curso de dramaturgia do Instituto Dragão do Mar (Fortaleza-CE) e pela Escola de Cinema da Ohio University (EUA), onde concluiu mestrado e onde venceu o prêmio Billman Fine Arts Award, pelo roteiro do curta Port of Rafts (2005). Após roteirizar e dirigir 5 curtas-metragens de ficção, com destaque para “Pode Me Chamar de Nadí” (2009). Déo Cardoso estreia em longa-metragem em 2020, com “Cabeça de Nêgo”, na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O filme circulou e acumulou alguns prêmios em diversos festivais. Em outubro de 2021 “Cabeça de Nêgo” é lançado nos cinemas do Brasil, sendo eleito o melhor filme de 2021 pela Abraccine – Associação Brasileira de Crítica de Cinema e pela APCA – Associação Paulista de Crítica de Arte. Pelo roteiro de Cabeça de Nêgo, Déo também recebeu o prêmio de melhor roteiro da ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteiristas. Como roteirista, integrou a sala de roteiros para a série “Rota 66” (Boutique/Globoplay) e, como diretor, integrou a equipe de direção da série “Encantado’s”, uma produção Globoplay.

Filmografia como diretor/roteirista:

2022 – Encantado’s (Série – Globoplay) – diretor
2021 – Rota 66 (Série em pós-produção) – Um dos roteiristas
2020 – Cabeça de Nêgo (Bra), 86min – Roteiro/Direção
2013 – Cappuccino com Canela (Bra),14min – Roteiro/Direção
2012 – Regata de Tatajuba DOC. (Bra),18min – Argumento/Direção
2009 – Pode Me Chamar de Nadí (Bra),19min – Roteiro/Direção
2006 – Porto de Jangadas (Bra-EUA),16min – Roteiro/Direção
2005 – Assentamento Maceió DOC. (Bra-EUA),15min – Argumento/Direção
2004 – Level Orange (EUA),10min – Roteiro/Direção

FREDERICO COELHO

[email protected]

Fred Coelho é pesquisador, escritor e professor de graduação em Literatura e de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade no Departamento de Letras da PUC-Rio. Se formou e fez Mestrado em História no IFCS da UFRJ. No Doutorado, fez Literatura, pela PUC-Rio. Há quatro anos é orientador das oficinas de escrita da FLUP

Publicou, entre outros, os livros Jards Macalé – Eu só faço o que quero (Numa, 2020), Livro ou livro-me – os escritos babilônicos de Hélio Oiticica (EdUERJ, 2010), A Semana Sem fim – Celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922 (Casa da Palavra, 2012) e Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado – cultura marginal no Brasil 1960/1970 (Civilização Brasileira, 2010). Organizou pela Série Encontros, da Azougue Editorial, o volume Silviano Santiago, além de outros dois – com Sérgio Cohn o volume Tropicália e com Daniel Caetano o volume Tom Jobim. Foi colunista do Jornal O Globo entre 2015 e 2018. 

Trabalhou como assistente de curadoria do MAM-Rio entre 2009 e 2011, e na ocasião organizou a publicação Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Arquitetura e Memória (Editora Cobogó, 2011). Escreveu artigos, resenhas e ensaios para revistas e periódicos como Ars, Zum, Sibila, Estudos Históricos, Romantic Notes, Serrote, Revista de História da Biblioteca Nacional, Acervo, Ipotesis, O Eixo e a Roda e Jacarandá

Fez o conteúdo dos sites de Nara Leão (2012), Vinícius de Moraes (2013) e Tropicália (em colaboração com Ana de Oliveira, 2007). Foi curador de exposições como Luiz Carlos Barreto Quadro a Quadro (Centro Cultural da Justiça Eleitoral, 2009), Vianinha – Uma vida em ação (Centro Cultural da Justiça Eleitoral, 2009), Gil 70 (ao lado de André Vallias, Centro Cultural dos Correios, 2012) e Tropicália – um disco em movimento (CCBB, 2017). Já colaborou com textos para os trabalhos e exposições de artistas como Luiz Zerbini, Cabelo, Gisele Camargo, Raul Mourão, Maria Laet, Vania Mignone, Laercio Redondo, Gabriela Machado, Carlos Vergara, Luiza Baldan, Omar Salomão, Hélio Oiticica (Whitney Museum) e outros. Dirigiu o Museu Universitário Solar Granjean de Montigny, na PUC-Rio, por cinco anos (2019-2024). 

Trabalha com consultorias, roteiro e pesquisa para o audiovisual, colaborando com filmes como Heleno (José Henrique Fonseca, 2012), Carioca era um Rio (Simplício Neto, 2013), Construção (Carolina Sá, 2014), A Semana sem fim (Marcelo Machado e Fabiana Werneck, 2022) e Os Afrosambas (Emílio Domingos, 2024) e séries como Onde Nascem as Ideias (Carol Sá, Canal Curta, 2019). É um dos curadores do site Rio Memórias (www.riomemorias.com).

JOÃO ERNANI FILHO

Graduado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (UFC). Autor de No calor da Guerra Fria: E. P. Thompson e a luta antinuclear.

LEUNAM GOMES

Francisco Leunam Gomes, cearense, de Guaraciaba do Norte, estudou nos Seminários de Sobral, Ceará e no Regional do Nordeste, em Pernambuco, onde concluiu os cursos de Filosofia e Teologia, em 1967. 

Ex-Coordenador das equipes do Movimento de Educação de Base – MEB em Sobral, Fortaleza e no estado do Ceará até ser demitido pela ditadura, em 1971. Fez curso de Teleducação em Rádio, Cinema e TV. 

Foi Coordenador de Aperfeiçoamento Pedagógico da TVE do Maranhão. Radialista profissional, foi Diretor das Rádios Educadora, Gurupi e Timbira do Maranhão. 

Secretário de Educação dos municípios de Croatá, Poranga e Guaraciaba do Norte, no Ceará. Membro do Conselho de Educação do Ceará; 

Coordenador de Alfabetização da Secretaria de Educação do Ceará; 

Pró-Reitor de Assuntos Estudantis e, posteriormente, de Extensão da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral – Ceará, tendo levado a experiência de formação de Alfabetizadores de Jovens e Adultos para Cabo Verde (África), numa parceria do Programa Alfabetização Solidária e do MEC, com aquele país. 

Criou e desenvolveu, com sucesso, o curso de extensão em Metodologia do Ensino Superior, com base na Educação Biocêntrica. 

Diretor da Imprensa Universitária da UVA. 

Atualmente, aposentado, tem-se dedicado a ministrar aulas em cursos de graduação, escrever suas experiências pedagógicas e à produção de textos. 

Tem Curso de Letras, pela UFC. Especialização e Mestrado em Gestão e Modernização Pública pela UVA, em parceria com a Universidade Internacional de Lisboa. 

É o atual Presidente da Comissão Especial Wanda Sidou (Anistia), da Secretaria de Direitos Humanos do Governo do Estado do Ceará. 

LÚCIA ALENCAR

Orientadora da Célula de Relações Institucionais e Articulação Regional dos Direitos Humanos – Secretaria dos Direitos Humanos – SEDIH.

MANOELA ZIGGIATTI

Manoela Ziggiatti é montadora e documentarista. Desde 2005 é sócia da Avoa Filmes, produzindo e coproduzindo projetos audiovisuais. Trabalhou como montadora em séries e filmes exibidos e premiados em diversos festivais, como Semana da Crítica – Festival de Cannes, Festival de Gramado, Festival de Havana, IDFA, Festival de Toulouse, Doc Barcelona, Tiradentes etc. Em 2012, estreou seu longa documentário Pulsações no Festival de Guadalajara. Seu curta O Voo circulou por mais de 20 festivais e recebeu, entre outros, o prêmio de melhor curta latino-americano no FicValdivia. Em 2021, estreou o curta Palavra Grande no Festival Olhar de Cinema. Atua como consultora, tendo colaborado com o Festival Cabíria, Edoc – Encuentros de Otros Cine (Equador), DIALab, entre outros. Na área de docência, atuou como professora nos cursos de elaboração de projetos do DocTv Brasil, foi professora de Pesquisa e Roteiro para Documentário na EICTV, onde também prestou assessoria de direção para curtas documentais. Desde 2014, faz parte do Coletivo Vermelha, pesquisando e desenvolvendo ações relacionadas à participação e representação das mulheres no audiovisual. Atualmente, coordena o Laboratório Cena 15 – Centro de Narrativas Audiovisuais, da Escola Porto Iracema das Artes.

MARCELO BRODSKY

Nascido em 1954, Buenos Aires. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.

Economista e Mestre em Economia, Universidade de Barcelona, 1983 Estudos de Fotografia no Centro Internacional de Fotografia (CIF), Barcelona. 

Marcelo Brodsky é um artista visual internacional com trabalho focado na linguagem visual, Memória e Direitos Humanos. Seu trabalho combina texto e imagens para transmitir significado e construir narrativas alternativas.

Em 1996-1997, ele editou e exibiu o ensaio fotográfico Buena Memoria (Boa Memória), baseado nos efeitos do terrorismo de Estado na Argentina. A icônica foto de classe agora é exibida permanentemente no hall principal da escola como parte de sua história.

Fundador do Parque de la Memoria e membro de sua diretoria. Este parque é um grande monumento e espaço de exposição de arte para homenagear e lembrar as vítimas da ditadura militar argentina. Fundador da Visual Action, uma ONG dedicada a transferir expertise visual para outras ONGs.

Principais obras/livros de fotografia incluem Buena Memoria, Nexo, Memory under construction, Once@9:53, Visual Correspondences, Tree time, 1968 The Fire of Ideas, publicados na Argentina, Brasil, Alemanha, Itália, Espanha, México e EUA. Livros recentes incluem Poetics of Resistance, El alma de un gigante, Traces of Violence, Exilios, Escombros, Resistencias.

1968 the Fire of Ideas foi amplamente exibido na Europa e América Latina de 2017 a 2023: na Bienal de Lyon, França, no Museu da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), no Fórum de Fotografia da Fundação Itaú, São Paulo, Brasil, “Hiatus” na Pinacoteca do Estado, São Paulo, “Resist” no Bozar (Bruxelas, Bélgica), PhotoEspaña no Centro de Historias, Zaragoza, Espanha, Festival de Arte de Kaunas, Lituânia, Centro Europeu para Direitos Constitucionais e Humanos, Berlim, Alemanha, Academia da Espanha em Roma, Museu Coleção Berardo em Lisboa, recentemente criou uma Ópera sobre 1968, em colaboração com um músico e um diretor de teatro, encomendada pelo Teatro Colón de Buenos Aires e estreada em dezembro de 2018.

Projetos recentes desenvolvidos durante a pandemia incluíram Stand for Democracy in Myanmar (Apoio à Democracia em Myanmar), Traces of Violence, the German Empire Genocide in Namibia (Vestígios de Violência, o Genocídio do Império Alemão na Namíbia). Em 2023, produziu os livros de artista A abrir los puentes y Territorios, publicados em Bogotá pela Artedos Gráfica. As últimas duas exposições antológicas de seu trabalho ocorreram na Fotocolectania, Barcelona, e no Museu Judaico de São Paulo, dentro do programa externo da Bienal de São Paulo de 2023. Exposições futuras ocorrerão no Museo del Barro (Assunção, Paraguai), no Contemporary Jewish Museum em San Francisco (2024/5) e no Archivo Arkhé em Madri (2025).

Seu trabalho está nas coleções da Tate, Londres, do Metropolitan Museum of Art, Nova York, da Pinacoteca do Estado e MASP, São Paulo, Brasil, do MAR Museum e Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, do Museu Nacional de Belas Artes, Buenos Aires, Argentina, do Museum of Fine Arts, Houston, do Jewish Museum, Nova York, do MAMBA (Museu de Arte Moderna de Buenos Aires), do Sprengel Museum, Hannover, Alemanha, do MALI Museum, Lima, Peru, do Princeton University Museum, do Tufts University Museum e do Center for Creative Photography, Tucson, Universidade do Arizona, EUA, da Coleção Banco de la República, Bogotá, Colômbia, do Hood Museum (Dartmouth University), do Keene University Holocaust Studies Center, NH, EUA, da Coleção da Comunidade de Madrid, e do Museu Reina Sofía, Madri, Espanha.

Prêmios: Em 2008, Marcelo Brodsky recebeu o prêmio B’nai Brith de Direitos Humanos, na Argentina. Em 2014, foi agraciado com o prêmio Dr. Jean Mayer por seu trabalho de direitos humanos e artístico pela Tufts University, Boston, EUA.

Mais informações no site: www.marcelobrodsky.com

Representado por: Rolf Art (Buenos Aires), Henrique Faria Fine Arts (Nova York), Artco Gallery (Berlim), Galeria Freijo (Madri).

MÔNICA MOURÃO

Mônica Mourão é professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Faz parte do Conselho Consultivo do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcos Dionísio (CRDHMD) e é coordenadora do Grupo de Investigações em Linguagem, Memória e Representação (GILMaR). Pesquisa direitos humanos na mídia e memória da ditadura civil-militar no audiovisual.

PAULA GUERRA

Paula Guerra, Universidade do Porto, Portugal

Paula é Professora Associada de Sociologia na Universidade do Porto e Investigadora no Instituto de Sociologia da mesma Universidade. Paula é Professora Associada Adjunta do Griffith Centre for Social and Cultural Research da Griffith University na Austrália. É ainda investigadora do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) e do DINÂMIA’CET – Iscte, Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território. É fundadora/coordenadora da Rede Todas as Artes: Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes e da KISMIF (kismifconference.com e kismifcommunity.com). É presidente da International Association for the Study of Popular Music (IASPM) Portugal e vice-coordenadora da Research Network de Sociologia da Arte da European Sociological Association. Coordena vários projetos de investigação subordinados às culturas juvenis, sociologia das artes e da cultura, cocriação, metodologias e técnicas de investigação, culturas DIY, entre outros temas. Tem igualmente orientado vários projetos de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento nas áreas mencionadas. Paula é editora-chefe (com Andy Bennett) da revista da SAGE DIY, Alternative Cultures and Society.

RENATO ROSENO

Renato Roseno de Oliveira é advogado, graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde também possui mestrado em Avaliação de Políticas Públicas. É servidor público federal da carreira de analista de políticas sociais, lotado na Secretaria Nacional da Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Atualmente, está em seu terceiro mandato de deputado estadual no Ceará pelo PSOL – Partido Socialismo e Liberdade (2015-2018, 2019-2022 e 2022-2025). Para o atual mandato, foi eleio com 83.062 votos (ou 1,63% do total), tendo sido o décimo parlamentar mais votado.  Na Assembleia Legislativa, está em seu terceiro mandato como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania.

Há quase trinta anos, Renato atua no campo da defesa dos direitos humanos, contribuindo com diversos movimentos sociais, em particular aqueles ligados aos direitos das crianças e adolescentes. Ainda na faculdade, foi membro do NAJUC – Núcleo de Assessoria Jurídica Comunitária (UFC). Entre 1994 e 2000, foi assessor do então deputado estadual João Alfredo (à época, parlamentar pelo PT).

A partir de 2000, passou a coordenar o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente no Ceará (CEDECA-CE) e a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (ANCED), entidade que assessorou no monitoramento da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Também foi conselheiro titular do Conselho Nacional dos Direitos da Criança (CONANDA) e do Fundo Brasil de Direitos Humanos.

Em 2013, recebeu o Prêmio Neide Castanha, na categoria cidadania, outorgado pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, pela atuação na defesa de direitos dessa população.

Em seu trabalho na ALECE, ajudou a criar o Comitê de Prevenção e Combate à Violência (CPCV), uma instância de estudo, debate e formulação de dados e políticas públicas que conta com apoio de diversos atores e instituições, entre elas o UNICEF.

SILAS DE PAULA

Diretor do MIS-CE. Fez doutorado na Inglaterra, é professor e pesquisador aposentado do Instituto de Cultura e Arte da UFC. Foi também diretor do Instituto Dragão do Mar. Silas é fotógrafo e curador, já fez várias exposições, tem dois livros publicados e diversos artigos em revistas científicas e jornais. 

SUZANA LOURENÇO MARQUES

Professora Associada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e investigadora integrada no I2ADS. Com doutoramento em Comunicação e Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tem desenvolvido investigação sobre fotografia e edição, sendo autora e co-editora de diversas publicações. Entre os seus livros destacam-se Ether/um laboratório de Fotografia e História (2018) e Livros de Fotografia em Portugal da Revolução ao Presenre (2023). Tem também experiência curatorial, destacando-se exposições como Imagem/Técnica, os inventários de Emilio Biel (2020), Opacity of Water (2021), Quem te ensinou? — Ninguém (2016), Eternal Youth (2023) e Portugal Ano Zero, Livros de Fotografia em Portugal (2024).

UIRÁ DOS REIS

Uirá dos Reis é um artista multilinguagem brasileiro residente em Fortaleza, Ceará. Com uma trajetória consolidada na música, literatura, cinema e artes visuais, lançou vinte discos de forma independente, cinco livros de poemas e compôs mais de trinta trilhas sonoras para cinema, teatro, dança e instalações artísticas. No audiovisual, atua como compositor, ator e diretor, assinando trilhas sonoras, videoclipes, curtas experimentais, filmes-ensaio e a co-direção de um longa-metragem. Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se a obra imersiva RmX Diáspora (2024), a performance audiovisual Expurgo (2023) e apresentações no Festival Novas Frequências (2023) e no Theatro José de Alencar (2024). No cinema, participou de filmes como Centro Ilusão (2024), Bacurau (2019), Plano Controle (2018), Doce Amianto (2013) e Estrada Para Ythaca (2010), sendo premiado por trilhas sonoras e atuações em festivais como Havana, Brasília e CineCeará.

SERVIÇO:

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ

Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.
Funcionamento: Quarta, quinta e domingo: 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30.
Sexta e sábado: 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.

Entrada: gratuita.

Acompanhe a programação: @mis_ceara | www.mis-ce.org.br

Fórum do Futuro

Data: 26 e 27 de março
Horário: 9h às 16h30
Local: sala imersiva (andar -2 do Anexo) do Museu da Imagem e do Som do Ceará
Inscrições: via Sympla

Dia 26 de março (Quarta-feira)

10h30 – 12h30 | Mesa 1: Direitos Humanos em Perspectiva: Desafios e Transformações
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14h30 – 16h30 | Mesa 2: A Música como Forma de Protesto e Identidade
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Dia 27 de março (Quinta-feira)
10h – 12h | Mesa 3: Imagens que Incendeiam: Arte, Memória e Resistência
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14h – 16h | Mesa 4: Cinema como Reflexão: Imagens e Movimentos para o Futuro
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